O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, convocou uma reunião extraordinária da Executiva do partido para quarta-feira (8/9) com o objetivo de discutir a possível abertura de um processo de
impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. A convocação vem após Bolsonaro, mais uma vez,
ameaçar o Supremo Tribunal Federal, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e prometer não aceitar medidas, ações ou sentenças que venham do que chamou de “fora das quatro linhas da Constituição”. Em anúncio da reunião, Bruno Araújo qualificou as declarações do presidente nesta terça (7/9) como "gravíssimas". O PSDB conta com 33 deputados e sete senadores. O partido teve papel importante na articulação do
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Para ser instaurado, o processo de
impeachment ter ser admitido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que ainda não avaliou nenhum dos mais de 100 pedidos do tipo contra Bolsonaro. Após a convocação da sigla, João Doria (PSDB), governador de São Paulo, declarou pela primeira vez seu apoio à destituição de Bolsonaro, no Centro de Operações da Polícia Militar. Para ele, "sem sequer estar ouvindo, ele, Bolsonaro, claramente afronta a Constituição, ele desafia a democracia e empareda a Suprema Corte brasileira".