Funcionária que fez as primeiras denúncias de abuso sexual contra Rogério Caboclo, presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol, falou ao Fantástico sobre a rotina de assédio e intimidação
A funcionária que fez as primeiras denúncias de abuso sexual contra Rogério Caboclo, presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol, falou ao Fantástico sobre a rotina de assédio e intimidação.
Repórter: Como foi esse momento? Funcionária: “Foi através de um interlocutor, porque eu não queria mais ter contato com ele. Ele se recusou a sair da presidência e em troca me ofereceu uma indenização para comprar um apartamento. Ofereceu um curso na Europa com todas as despesas pagas e me ofereceu uma promoção dentro CBF para um cargo de gerencia, para eu ficar lá até me aposentar.
Só que ao negociar esse acordo, o Rogério Caboclo fazia pedidos absurdos, que eu nunca aceitaria. Pedia especificamente para eu falar que ‘nunca fui assediada’ e que eu tinha me afastado da CBF exclusivamente por problemas familiares.
A partir dali eu pedi para os meus advogados redigirem a denúncia. Eu não vou assinar nenhum acordo com esse cara”.
Repórter: Teve interferência de alguém da CBF u de fora da CBF que não os seus advogados?Funcionária: “Não, não tive a influência de ninguém. A decisão foi unicamente minha”.