Caixa anuncia redução da taxa do crédito imobiliário com juro atrelado à poupança

17/09/2021 17/09/2021 06:20 101 visualizações
Taxa cobrada a partir de sábado (18) será de 2,95% ao ano, somada à remuneração da poupança. Itaú realizou movimento nesta quarta-feira (15)

Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (16) a redução de 0,4 ponto percentual na taxa de juros da linha de crédito imobiliário atrelada à poupança. De acordo com o banco, a partir de 18 de outubro, será possível contratar financiamento pela modalidade com juros a partir de 2,95% ao ano, somadas à remuneração da caderneta.

De acordo com Pedro Guimarães, a redução foi possível por que a Caixa registrou aumento de lucro que a Caixa registrou R$ 300 bilhões contratados na atual gestão e segue como o maior financiador da casa própria no país, com 67,1% de participação do mercado.

Em agosto de 2021, foram R$ 14,01 bilhões em novos contratos, sendo o mês de maior contratação da história da Caixa.

Na coletiva, Guimarães afirmou que o banco tem mais de R$ 200 bilhões em títulos públicos, que remuneram a Selic. Por este motivo, quanto maior a taxa básica de juros, maior o ganho do banco, disse.

Vale destacar que a Caixa não foi a pioneira na redução na linha de crédito com juros da poupança. Itaú anunciou que a modalidade foi de 3,95% ao ano para 3,45% na última quarta-feira (15).

A decisão ocorre no momento em que o Banco Central tenta frear o alta da inflação com o aumento da Selic. Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima quarta-feira (22), o BC de elevar a Selic para 6,25% ao ano. Atualmente, ela está em 5,25%.

A alta na Selic, no entanto, também deve encarecer a linha de crédito reduzida pela Caixa neste terça: isso acontece porque o rendimento da poupança também é atrelado à taxa básica de juros.

O Banco Central iniciou em março um ciclo de aperto nos juros básicos, elevando a Selic da mínima histórica de 2% para o patamar atual de 5,25% ao ano. Na próxima semana o Comitê de Política Monetária se reúne novamente, sendo que as sinalizações mais recentes do BC apontavam para novo aumento de 1 ponto percentual nos juros, tal qual promovido em agosto.