A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
autorizou nesta 4ª feira (7.jul.2021) o início da vacinação de voluntários que participam do estudo clínico da
ButanVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo
Instituto Butantan. O protocolo clínico do imunizante do Instituto Butantan para
testes em humanos está aprovado desde 9 de junho, mas ainda havia dados pendentes relativos à inativação do vírus, que foram apresentados em reunião do Instituto Butantan com a equipe técnica da Anvisa. No Twitter, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comemorou a decisão agradecendo à Anvisa. Ele afirmou que já foram produzidas 10 milhões de doses da vacina. O número é inferior à
estimativa inicial de 18 milhões de doses que estavam previstas para a 1ª quinzena de junho. “
Tão logo os estudos comprovem a eficiência e eficácia da ButanVac, ela vai para o braço dos brasileiros”,
disse.

Reprodução/Twitter
Até agora, está liberada a 1ª etapa da pesquisa clínica, que envolve 400 voluntários. Ao todo, o estudo tem previsão de participação de 6.000 voluntários que tenham 18 anos ou mais. O estudo deve ser realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. A ButanVac tem duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas.
PRODUÇÃO DA BUTANVAC
Em abril, o governo de São Paulo anunciou o
início da produção da ButanVac, antes mesmo de o imunizante ter aprovação da Anvisa. A expectativa era que o órgão aprovasse a vacina até a 1ª quinzena de junho. O governador de São Paulo e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, vêm cobrando urgência da agência para aprovação do imunizante. Quando o
pedido de pesquisas clínicas foi submetido à Anvisa, os técnicos demoraram mais do que o esperado para analisar a solicitação, já que avaliaram que não haviam sido submetidas informações necessárias.