O Escritório Nacional de Processos Eleitorais do Peru
oficializou a vitória de Pedro Castillo à presidência do país nesta 2ª feira (19.jul.2021). O líder sindical do partido socialista Peru Livre conquistou 50,126% dos votos.
Keiko Fujimori, do partido de extrema-direita Fuerza Popular, somou 49.874% das células. A diferença entre os dois foi de pouco mais de 44.000 votos. Castillo deve tomar posse em 28 de julho. O pleito de 6 de junho ainda não havia sido decidido por causa da resistência de Fujimori em aceitar o resultado. A candidata ingressou com cinco recursos para anular os resultados nas cidades de Huancavelica, San Román (Puno), Huamanga (Ayacucho), Chota e Cajamarca. Pouco antes do resultado, Fujimori, anunciou que reconheceria os resultados da eleição. Em coletiva de imprensa, ela classificou a vitória como
“ilegítima”, registrou o jornal peruano
Diario Correo. “Cumprindo o que assumi com todos os peruanos, vou reconhecer os resultados porque é a Constituição que jurei cumprir”, afirmou.
“A verdade acabará vindo à tona e todos trabalharemos juntos para restaurar a legitimidade em nosso país”.
QUEM É PEDRO CASTILLO
Castillo é líder do partido Peru Livre, do socialismo peruano. Ele é professor e líder sindicalista. Keiko é filha do ex-ditador Alberto Fujimori e integra o partido de extrema-direita Força Popular. O novo presidente foi a grande surpresa da eleição. As pesquisas do 1º turno não colocavam Castillo como um dos favoritos, mas ele
foi o mais votado e chegou ao 2º turno com a promessa de políticas marxistas e leninistas. Ele é a favor de que o Estado tenha um papel mais ativo na economia. Entre suas propostas está dedicar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) ao agronegócios e devolver ao governo terras vendidas ilegalmente. Prometeu ainda melhorar o sistema de aposentadorias e falou em criar um sistema único de saúde. Mas ele é conservador em pautas de direitos sexuais e reprodutivos e de liberdade individual. Castillo é contra a legalização do aborto, do casamento entre pessoas do mesmo sexo e da eutanásia.