A advogada Maria Claudia Bucchianeri se tornou a favorita para a vaga de ministra substituta do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pode ser indicada ao cargo pelo presidente
Jair Bolsonaro. Bucchianeri obteve apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e conta com a benção de grupos evangélicos para assumir a cadeira na Corte Eleitoral. A advogada atuou na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018 e no processo do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que culminou no afastamento do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. Como ministra substituta, Bucchianeri será uma das responsáveis pela propaganda eleitoral da campanha presidencial de 2022. O
Poder360 apurou que, do telefone de Lira, a advogada prometeu fidelidade a Bolsonaro. No último dia 1º, Bucchianeri foi apoiada publicamente pela Anajure (Associação Nacional dos Juristas Evangélicos). A entidade afirmou que ela tem “
reconhecido trabalho em defesa da liberdade religiosa no país“. No currículo, foi assessora do ex-ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), e tem mestrado e doutorado na USP (Universidade de São Paulo), sendo orientada pelo hoje ministro Alexandre de Moraes. A advogada Marilda Silveira, que compôs a última lista tríplice para substitutos no TSE, também é cotada para a vaga. Nos bastidores, ela é apoiada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, que não desistiu de emplacar a advogada na Corte Eleitoral. O terceiro nome na disputa é Ângela Baeta Neves, que encabeça a lista tríplice com 9 votos e conta com apoio do atual presidente do TSE, ministro Roberto Barroso. A advogada foi vice-diretora da EJE (Escola Judiciária Eleitoral) e participou da campanha eleitoral do MDB para a Presidência em 2018, quando o partido era representado por Henrique Meirelles. Bolsonaro não é obrigado a indicar o primeiro nome da lista, mas deve se ater a uma das indicadas. Pela primeira vez, a lista tríplice é composta
apenas por mulheres. A vaga a ser preenchida é a do ministro Carlos Horbach, que era substituto e foi nomeado ministro titular do TSE em maio.