VACINAS INTRANASAIS
Essas vacinas ganham atenção devido ao seu potencial de gerar imunidade sistêmica e por alcançarem os tecidos da mucosa dos pulmões, onde o coronavírus se replica. O imunizante intranasal pode ser “autoadministrado”, o que pode agilizar a vacinação. O laboratório chinês Beijing Wantai Biological desenvolve uma dessas vacinas. Os estudos estão na 2ª fase. Se comprovada sua eficácia, a previsão é que até setembro de 2021 o imunizante esteja pronto. Outras 2 das 7 candidatas a novas vacinas estão um passo à frente. Uma delas é da farmacêutica Altimmune (EUA). A AdCovid, como foi batizada, usa o adenovírus para induzir uma resposta imune, que inclui a produção de anticorpos no sangue. O imunizante é estável em temperatura ambiente por vários meses, o que permite distribuição sem refrigeração. A outra candidata é desenvolvida pelo CIGB (Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia) de Cuba. O imunizante Mambisa está sendo desenvolvido em plataforma de tecnologia de antígenos recombinantes. Esta tem como principais vantagens a segurança e a possibilidade de doses múltiplas para reforçar a resposta ao longo do tempo. Cuba já tem uma vacina aplicada em via nasal registrada pela OMS, a HeberNasvac, contra a Hepatite B crônica. Outras vacinas da nova geração contra a covid ainda estão na 1ª fase de testes. O Brasil tem uma em desenvolvimento pela USP (Universidade de São Paulo). Os pesquisadores pretendem realizar testes em humanos a partir de julho deste ano. Israel e Nova Zelândia aprovaram o NORS (não listado pela OMS), uma vacina em spray nasal de óxido nítrico desenvolvida no laboratório SaNOtize, no Canadá.VACINAS ORAIS
Uma vacina contra a covid-19 aplicada por via oral pode acelerar campanhas de imunização e permitir distribuição rápida e em larga escala, principalmente porque permite que as pessoas tomem a vacina em casa. “Ela se torna ainda mais valiosa caso seja recomendada a renovação anual, como a vacina contra gripe padrão”, disse Nadav Kidron, presidente da Oramed. Segundo a OMS, existem duas vacinas orais em fase de testes pelo mundo. Uma delas é a vacina da Vaxart, dos Estados Unidos, que já concluiu a 1ª fase de estudos. O laboratório está avaliando como a 2ª fase será aplicada. Também está em estudo a Oravax, da farmacêutica Premas Biotech, da Índia, que foi considerada eficaz com uma única dose em estudo piloto em animais. Deve iniciar o ensaio clínico no 2º trimestre de 2021.Esta reportagem foi produzida pelas estagiárias em jornalismo Águida Leal e Ellen Travassos sob supervisão do editor Nicolas Iory