Nos Estados Unidos, 4 empresas vão inspecionar seus aviões. Segundo o jornal The Wall Street Journal, 67 aeronaves não poderão fazer viagens no país. No mundo, o número chega a aproximadamente 100 unidades. A Boeing detectou o problema ao montar um avião do mesmo modelo. Segundo a empresa, é preciso verificar se uma parte do sistema elétrico tem espaço para um mecanismo de segurança, o aterramento. Se não houver o espaço, o sistema elétrico do avião pode ficar sobrecarregado e sofrer panes. A empresa afirmou que está acompanhando a questão e já informou a todos os seus clientes sobre a possível falha. Em nota, a Boeing diz que colabora com a agência reguladora norte-americana. “Também estamos informando especificamente nossos clientes impactados e forneceremos orientações sobre quais as medidas corretivas adequadas“. 
O BOEING 737 MAX
Esse não é o 1º problema do modelo 737 Max da Boeing. Em 2018 e 2019, a aeronave protagonizou 2 acidentes, na Indonésia e na Etiópia. No total, 346 pessoas morreram. O motivo seria uma falha que fazia com que os pilotos não conseguissem controlar o avião. Depois disso, a produção foi paralisada e todas as unidades do modelo ficaram 1 ano e 8 meses sem voar. O avião voltou a ser utilizado em todo o mundo em dezembro de 2020. Durante os 20 meses parado, o 737 Max passou pelo escrutínio minucioso da Boeing e da FAA. Foram mais de 400 mil horas de trabalho de engenharia e cerca de 3.000 horas de voo. As agências reguladores da Europa, do Canadá e do Brasil também auxiliaram no processo. O problema seria em um software que regulava o ângulo do avião. Esse software era acionado no momento errado e prejudicava o controle geral da aeronave. A empresa e as agências reguladoras afirmam que não há nenhuma relação entre a possível falha do sistema elétrico identificada agora e os problemas de controle de voo. A retomada dos voos incluíram a volta da produção. Atualmente, existem mais de 800 aeronaves do modelo, segundo a Boeing. Pouco mais de metade delas ainda não foi entregue à empresas. O restante integra frotas em todo o mundo. Eis o que foi preciso mudar no modelo desde os acidentes de 2018 e 2019: