A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está esperando, desde o fim de janeiro, por uma reunião com a vigilância sanitária da Rússia. O órgão brasileiro enviou uma lista de perguntas sobre a vacina Sputnik V, mas ainda não obteve respostas. No
site da Anvisa, eles declaram “
que não está sob análise pedido de uso emergencial ou de registro referente à vacina Sputnik V. Até o momento não há atualização do processo devolvido a empresa União Química, nem solicitação de novo processo de Autorização de Uso Emergencial ou registro sanitário para a Vacina Sputnik V aguardando avaliação da Anvisa“. Ainda no site, a Anvisa declarou que faltaram informações que estão previstas na
Guia 42/2020. Tais dados são semelhantes aos solicitados pelas autoridades reguladoras dos EUA, Reino Unido e OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo a Anvisa, faltam as seguintes inspeções:
Não houve pedido da empresa para inspeção da fábrica localizada em Brasília (DF), que seria responsável pela fabricação da vacina no Brasil; e
A empresa solicitou uma inspeção para a sua fábrica localizada em Guarulhos (SP), que seria responsável pelo envase do produto pronto. Esta inspeção está marcada para o período de 8 a 12 de março.
Apesar dos insumos da Sputnik V serem os mesmos de outras vacinas fabricadas no Brasil, o imunizante é diferente por ser elaborado em outra fábrica. A expectativa era de que a Embaixada da Russa marcasse uma reunião com as partes em 30 de janeiro. Apenas após a reunião seria possível que a Anvisa se reunisse com a OMS para debater sobre a vacina. A Embaixada da Federação da Rússia foi procurada pelo
Poder360, mas, até a publicação desta matéria, não respondeu.
Esta reportagem foi produzida pela estagiária em jornalismo Yasmin Ibrahim, sob supervisão do editor Samuel Nunes