Papiloscopistas têm ação destacada na solução de crimes

05/02/2021 05/02/2021 08:03 123 visualizações
A perícia papiloscópica é rápida, eficiente e barata para os cofres públicos. Por isso é também uma ferramenta de grande importância contra a impunidade e consequentemente no combate a criminalidade, através do profissionalismo dos Peritos Papiloscopistas. Quem nunca assistiu à famosa série norte americana do grupo de cientistas forenses CSI: Investigação Criminal ou ao sanguinário seriado do querido serial killer Dexter? As investigações de uma cena criminosa mexem com o imaginário da sociedade e chamam a atenção por causa das circunstâncias curiosas e muitas vezes misteriosas. O que poucas pessoas sabem, contudo, é que na vida real as coisas não se diferem tanto da ficção assim. O trabalho da Polícia Civil é intenso e necessita de um trabalho de grupo impecável. E umas das peças decisivas dessa equipe são os peritos papiloscopistas, que colhem dados, impressões digitais e chegam, muitas vezes, a serem os primeiros a montarem o “quebra-cabeça” da cena do crime. Hoje, mais próximo dos delegados e peritos criminais, o trabalho desses profissionais ganha força e torna a investigação mais precisa. Atualmente, dos materiais e coletas que os peritos papiloscopistas fazem da cena do crime são reveladas as digitais, que ficam guardadas para confronto. O trabalho dos papiloscopistas acompanha os crimes que eventualmente acontecem na sociedade. Indo juntamente com a o trabalho dos agentes (investigadores) à cena do homicídio, coleta os materiais que possivelmente possam conter digitais do suspeito. No entanto, nem sempre esse trabalho é fácil. Quando o crime acontece dentro de um local fechado, isolar a área e verificar os elementos se torna mais fácil, porém nem sempre se tem essa possibilidade. Depois das primeiras diligências, o trabalho continua no dia posterior. Uma equipe vai ao local, analisa a cena, observa os locais onde é possível colocar reagentes para coletar digitais e trazem de volta para confronto. Para facilitar a investigação, eles contam com uma série de materiais, com reveladores, fitas específicas para coleta e produtos químicos de laboratório. Com todos os elementos em mãos, as impressões começam a ser analisadas. Por falta de um sistema informatizado de busca de impressão digital em alguns Estados da Federação, o qual já existe no Distrito Federal, nos Estados da Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, as digitais colhidas têm de ser analisadas manualmente e o confronto feito na base do chamado “olhômetro”. Existem pontos característicos inerentes às digitais de cada cidadão, como as bifurcações das linhas e os pontos parados. Cada característica, juntamente com a distância entre elas, é que vai ser analisada pelos profissionais para ser confrontada com as digitais dos suspeitos, as quais são enviadas pelos delegados responsáveis por cada caso. Em outros países, o sistema informatizado já é utilizado pela polícia norte-americana, pela Polícia Montada, do Canadá, pela Scotland Yard, da Inglaterra e outros. Esse sistema, AFIS (Automated Fingerprint Identification System), ainda possibilita pesquisar em um banco de dados imagens de impressões digitais de criminosos de todo o País. Cada imagem que a máquina dispõe é rigorosamente verificada pelos peritos da unidade. O recurso tem facilitado o trabalho da perícia e permitido laudos com 100% de certeza da autoria de crimes. Ao realizar a coleta de fragmentos de impressões digitais em um local de ocorrência, essas informações são digitalizadas e inseridas no sistema AFIS que faz uma pesquisa no banco de dados criminal que permite comparação automática das impressões digitais. O Estado do Piauí ainda não possui o sistema, mas foi criada uma comissão pela Secretaria de Segurança Pública para fazer o projeto de um AFIS estadual, civil e um criminal. Vejamos abaixo o vídeo de um caso emblemático, em que a principal prova que incriminou um bacharel em direito na execução de um cirurgião torácico, Artur Eugênio de Azevedo, no dia 12 de maio de 2014, ocorrida no município de Jaboatão dos Guararapes-PE, foram as impressões digitais encontradas no galão da gasolina usado para incendiar o carro da vítima no bairro Guabiraba, zona norte do Recife. De acordo com o delegado Guilherme Caraciolo, que estava à frente das investigações, outra prova foram as imagens do circuito da Secretaria de Defesa Social (SDS), que mostraram Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32 anos, entrando no carro usado para abordar a vítima.Vídeo da TV JORNAL Com informações da Fenappi