/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/h/z/04RW4hRvKeVwz2hKcSJg/arquivo.png)
"Nunca na minha carreira tinha visto algo parecido. Ela nunca denunciou as agressões. Quando a polícia era chamada lá, ela negava que era agredida. Ela está totalmente afetada emocionalmente por conta das agressões", contou o policial.
De acordo com o delegado, as agressões psicológicas e físicas começaram quando o casal ainda morava no Paraná. O agressor teria começado a culpar a mulher por conta da morte do primeiro filho deles.
"Eles tiveram um filho lá no Paraná, onde moravam. O bebê, que tinha entre um e dois anos, foi até um paiol, ingeriu veneno de rato e morreu. Desde então, ele começou uma pressão e tortura psicológica sobre ela", relatou.
O delegado também contou que, em mais 12 anos da carreira policial, se surpreendeu ao conhecer e analisar a vítima.
Os policiais civis de Machadinho dizem que foi preciso conversar por mais de 5 horas com a mulher para que ela decidisse sair da casa onde morava.
"A gente buscou amparar ela, dar apoio. Ela não falava quase nada. Foi bem complicada a oitiva dela. Ela foi encaminhada para fazer o exame de corpo de delito, mas se recusou a tirar a roupa para o médico", conta.
A vítima foi encaminhada para a casa de parentes. Dos filhos do casal, três são meninas, sendo uma de 16 anos, outra 14 e a de 13 anos, que escreveu o recado na prova, e também um menino de 8 anos. Todos estão abrigados sob responsabilidade do Conselho Tutelar.
"Não seria apenas uma palavra para definir o que ela viveu ao lado desse homem, mas desumano se encaixa em toda essa situação".