Um homem marcou um encontro com uma mulher pelo aplicativo de relacionamentos neste sábado (27), em São Paulo. Ao chegar ao local, a vítima foi sequestrada e mantida 24 horas no cativeiro. Ele foi agredido e os bandidos conseguiram roubar aproximadamente R$150 mil em transações pelo telefone
Um homem de 46 anos foi sequestrado e teve a moto e R$ 150 mil da conta bancária roubados por criminosos no sábado (27) ao chegar ao encontro com uma suposta mulher que havia conhecido por meio de um aplicativo de paquera na internet, em São Paulo.
A vítima contou que assim que estacionou sua moto na frente da casa que seria da mulher, no Butantã, Zona Oeste, foi abordado por homens armados que desceram de um carro.
A quadrilha roubou a motocicleta e levou a vítima dentro do carro até um cativeiro, na comunidade do Jardim São Remo, também na Zona Oeste.
“Um deles já sacou a arma, pediu para entregar a chave da minha moto, um deles subiu na minha moto, e o outro mandou eu entrar no carro, me encapuzaram e começaram a pedir minhas senhas dos bancos, eles tentaram fazer as transferências, me levaram para um cativeiro e levei umas coronhadas na cabeça, fiquei meio grogue e foi aí que eles me amarraram”, falou o homem.
“Eu escutei eles comentando que tinha sido por volta de R$ 150 mil”, disse a vítima sobre o dinheiro que foi retirado de sua conta bancária. Até a última atualização desta reportagem ele havia conseguido recuperar metade desse valor após fazer contato com as agências.O homem chegou a ser mantido refém por 24 horas até ser libertado Polícia Militar (PM). Os policiais tinham recebido uma denúncia anônima de sequestro, e encontraram o carro usado pelos criminosos em frente ao local do cativeiro. O veículo é roubado.
Dois criminosos que tomavam conta do lugar fugiram ao notarem a presença dos policiais. Os agentes resgataram a vítima, foi levada à delegacia. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial (DP), Ceasa.
“Havia dois indivíduos dentro da viela e ao avistarem a equipe de Força Tática saíram correndo pelo telhado e dispensando o armamento usado no crime”, falou o sargento Murilo Carpes Silva, da PM.
De acordo com os policiais, o perfil da suposta mulher com o qual o homem conversava era falso e foi criado e usado pela quadrilha somente para atrair a vítima e roubá-la.
A investigação tentará entrar em contato com a operadora de aplicativo de relacionamentos para saber quem foi a pessoa que se cadastrou no site. “Infelizmente eles utilizam esse meio para poder cometer essa ação criminosa. Tem mulheres envolvidas na quadrilha. Fazem a parte de mandar áudio, de mandar fotografias para a vítima não desconfiar que está tendo um golpe”, disse o sargento Murilo.
A quadrilha costuma procurar vítimas que postam fotos que mostrem que elas tenham boas condições financeiras. “A gente às vezes acaba ostentando mais do que deve. Foto de viagem internacional, carro, moto”, afirmou o homem que caiu no golpe.
“Eu cheguei lá na residência, tinham luzes acesas e eu toquei a campainha... uma vez, não escutei nada, ninguém atendeu. Aí resolvi mandar uma mensagem que eu estava lá esperando. Aí ela respondeu que estava se arrumando, nisso desceu um Pegeout com quatro elementos dentro”, disse o homem, que aceitou falar com a reportagem desde que não fosse identificado.
