Brasileiros editam genes de porcos, buscam verba e planejam testes para usar rim suíno em humanos

22/10/2021 22/10/2021 06:47 104 visualizações
Técnica pode ajudar pacientes com insuficiência renal que não têm doador compatível e cuja expectativa de vida é menor do que o tempo de espera por um órgão

Cientistas brasileiros que são referência em edição genética e xenotransplantes viram com otimismo a notícia de que cirurgiões em Nova York conseguiram realizar, pela primeira vez, um transplante de rim de um porco para uma paciente humana sem que houvesse rejeição do órgão.

No Brasil, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) planejam seguir o mesmo caminho. O cirurgião e professor emérito da Faculdade de Medicina da USP Silvano Raia avalia que a técnica deve mudar completamente o modo como os transplantes são feitos hoje.

Para o cirurgião brasileiro, é bem possível que, já na próxima década, sejam usados apenas órgãos animais em transplantes para humanos. Ele prevê que devem ocorrer procedimentos do tipo já nos próximos 6 ou 12 meses em países como China, Estados Unidos e Alemanha.

No Brasil, o processo vai demorar um pouco mais. Apesar de as pesquisas já estarem em andamento há anos, o estágio do desenvolvimento ainda está aquém do visto nos países que lideram a corrida.