Inadimplência cai em dezembro, apesar de alta no endividamento
08/01/2021 08/01/2021 07:55 119 visualizações A inadimplência caiu em dezembro, apesar de os consumidores estarem mais endividados, revelou a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) de dezembro, divulgada nessa 5ª feira (7.jan.2021), o total de famílias com dívidas ou contas em atraso caiu de 25,7% em novembro para 25,2% em dezembro. Essa foi a 4ª redução seguida do indicador. Em relação a dezembro de 2019, a proporção de consumidores inadimplentes cresceu 0,7 ponto percentual. A parcela das famílias que declararam não ter condições de quitar o atraso, permanecendo inadimplentes, caiu de 11,5% em novembro para 11,2% em dezembro. O indicador estava em 10% em dezembro de 2019.
MAIS DÍVIDAS
Depois de 3 meses seguidos de redução, o número de brasileiros com dívidas voltou a subir em dezembro. Segundo a Peic, 66,3% dos consumidores estavam endividados no mês passado, alta de 0,3 ponto percentual com relação a novembro. No comparativo anual, o indicador registrou aumento de 0,7 ponto percentual. A proporção de brasileiros que utilizam o cartão de crédito aumentou. Em novembro, o método de pagamento era usado por 77,8% das famílias. Subiu para 79,4% em dezembro –a maior taxa desde janeiro de 2020. O cartão manteve-se como a principal modalidade de endividamento. A participação do cheque especial também subiu, de 5,3% para 5,5%.RECOMENDAÇÕES
Na avaliação da CNC, a alta do endividamento reflete a recuperação do crédito, estimulado pelos juros baixos e por estímulos concedidos durante a pandemia de covid-19. A entidade, no entanto, aconselha que os bancos alonguem os prazos de pagamento das dívidas para reduzir o risco de inadimplência no sistema financeiro. Isso porque grande parte do crédito ofertado durante a pandemia foi concedido com carência nas parcelas e deve começar a vencer no início deste ano. A CNC também recomenda que as famílias prestem mais atenção ao orçamento doméstico após o fim do auxílio emergencial. Para a entidade, o crédito pode voltar a funcionar como ferramenta de recomposição da renda, à medida que a recuperação do emprego enfrenta incertezas.