Pesquisa do
PoderData mostra que 39% dos brasileiros avaliam que a relação diplomática entre o país e os Estados Unidos deve se manter igual apesar da
posse de Joe Biden como presidente da maior potência mundial. Biden é do Partido Democrata, que fazia oposição ao governo do ex-presidente republicano Donald Trump. Este, por sua vez, era próximo a Jair Bolsonaro. O presidente da República chegou a
endossar o
discurso de Trump de fraude nas eleições de novembro nos EUA, que elegeu Biden e impediu o 2º mandato trumpista. Além disso, no único debate entre os 2, o democrata chegou a
ameaçar o Brasil com sanções por conta da escalada do desmatamento na Amazônia. Diante desse cenário, são 25% os que preveem uma deterioração na relação Brasil-EUA. A taxa está empatada no limite da margem de erro com a opinião contrária. Para 21%, o trato entre os 2 governos vai melhorar com Biden na Casa Branca. Outros 15% não sabem ou não responderam.

A pesquisa foi realizada pelo
PoderData, divisão de estudos estatísticos do
Poder360. A divulgação do levantamento é feita em
parceria editorial com o
Grupo Bandeirantes. Os dados foram coletados de 18 a 20 de janeiro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 544 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto. Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o
PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Considerando a estratificação do levantamento, os idosos são os mais otimistas em relação à relação diplomática entre Brasília e Washington D.C. –para 35% as conversas vão melhorar. Por outro lado, os jovens são os mais céticos. Questionados, 33% dos entrevistados de 16 a 24 anos apostam em uma relação mais desgastada. A disparidade também é perceptível nas classes sociais. Entre os que têm ensino superior completo, 11% acham que a relação vai melhorar. Outros 44%, que vai piorar. Entre os brasileiros com ensino fundamental, as taxas são de 32% e 20%, respectivamente. Os mesmos resultados são vistos na comparação entre trabalhadores que ganham mais de 10 salários mínimos por mês e pessoas desempregadas. Eis a íntegra da estratificação:

BOLSONARISTAS APOSTAM NA ESTABILIDADE
Destacado o recorte dos brasileiros que apoiam o governo Bolsonaro, a maioria acha que a relação com os Estados Unidos se manterá igual neste início de mandato de Joe Biden. Entre os que avaliam o trabalho de Bolsonaro como bom ou ótimo 56% apostam na estabilidade. A taxa despenca para 25% na visão de opositores. Só 1 em cada 4 brasileiros que consideram o trabalho ruim ou péssimo acham que a relação seguirá intacta. No mesmo recorte, 39% avaliam que irá piorar. São 15% entre bolsonaristas.

PODERDATA
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