O RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto) informou na noite deste sábado (16.jan.2021) que vai enviar à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dados adicionais sobre a vacina Sputnik V -contra a Covid-19- para buscar a aprovação do uso emergencial do imunizante no Brasil. Neste sábado (16.jan.2021),
a Anvisa anunciou que devolveu a documentação referente ao pedido de uso emergencial da Sputnik V ao laboratório União Química, que protocolou, em conjunto com o RDIF, o pedido de uso emergencial de 10 milhões de doses. A agencia alegou que o pedido não apresentou
“requisitos mínimos para submissão e análise.”
“O pedido foi restituído à empresa por não atender os critérios mínimos, especialmente pela falta de autorização para a condução dos ensaios clínicos fase 3, a condução em andamento no país e questões relativas às boas práticas de fabricação”, informou a Anvisa. Em nota, o fundo russo minimizou a recusa e disse que solicitações de informações de dados adicionais por parte dos reguladores são um procedimento padrão. Na nota divulgada após a decisão da Anvisa, o fundo russo disse, ainda, que está em análise no Senado brasileiro um projeto de lei para permitir o uso de vacinas aprovadas por vários outros países, incluindo a Rússia. Em dezembro, a Rússia divulgou dados com o resultado final da
eficácia da Sputnik V, cuja eficácia teria ficado em aproximadamente 91%. Os detalhes dos estudos, no entanto, não foram publicados e revisados por outros cientistas, procedimento que é amplamente criticado pela comunidade científica internacional. Neste domingo (17.jan),
a diretoria da Anvisa se reunirá para decidir sobre pedidos de uso emergencial da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac, e do imunizante desenvolvido em parceria da Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca.