Pesquisa
PoderData mostra que 49% dos brasileiros aprovam o governo do presidente Jair Bolsonaro e 44% desaprovam. As taxas variaram dentro da margem de erro, de 2 pontos percentuais, em relação ao
último levantamento, realizado duas semanas antes (de 31 de agosto a 2 de setembro). Na pesquisa anterior, 50% avaliavam positivamente o governo e 41% o rejeitavam. O levantamento indica que, depois de ascender de abril até meados de agosto, as curvas de aprovação ao governo e ao desempenho individual de Bolsonaro (veja os resultados mais abaixo) se estabilizaram. Foram registradas variações negativas mínimas dentro da margem de erro nas últimas 3 pesquisas, o que sugere que, do ponto de vista político, o efeito-demonstração positivo do
auxílio emergencial chegou ao seu máximo.

A pesquisa foi realizada pelo
PoderData,
divisão de estudos estatísticos do
Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em
parceria editorial com o
Grupo Bandeirantes. Os dados foram coletados de 14 a 16 de setembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 459 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto. A estratificação da pesquisa mostra que a aprovação do governo Bolsonaro caiu 10 pontos percentuais nas últimas duas semanas em 2 grupos: o de quem tem 60 anos ou mais (48%) e o de quem recebe de 5 a 10 salários mínimos (40%). Na região Sul também houve queda. A avaliação positiva do governo passou de 63% para 51% em 15 dias –queda de 12 pontos percentuais. Já a desaprovação aumentou 13 pontos percentuais entre os idosos. Passou de 34% para 47%. No Sudeste, os que reprovam o governo foram de 43% para 52% de 1 estudo a outro –alta de 9 pontos percentuais em 15 dias. A avaliação negativa da administração federal também subiu entre os que recebem de 5 a 10 salários mínimos. Passou de 49% para 59% –alta de 10 pontos percentuais.
- Quem mais aprova:
- homens (54%);
- pessoas de 25 a 44 anos (52%);
- moradores da região Norte (65%);
- quem tem só o ensino fundamental (54%);
- os sem renda fixa (51%) e os que recebem de 2 a 5 salários mínimos (51%).
- Quem mais desaprova:
- mulheres (46%);
- pessoas de 16 a 24 anos (53%);
- moradores da região Sudeste (52%);
- quem tem ensino superior (64%);
- quem recebe de 5 a 10 salários mínimos (59%).

TRABALHO DE BOLSONARO
O
PoderData também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. A avaliação positiva do desempenho pessoal do presidente ficou estável, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais. Oscilou de 39% para 38% em duas semanas. Os que acham o trabalho do presidente Jair Bolsonaro
“ruim” ou
“péssimo” são 34% –o mesmo registrado duas semanas antes. Os que o consideram regular são 25%.

O levantamento mostra que Bolsonaro é mais bem avaliado por homens (41%); moradores da região Centro-Oeste (49%); quem estudou só o ensino fundamental (42%); e pessoas sem renda fixa (43%). O presidente tem avaliação pior entre mulheres (37%); pessoas de 60 anos ou mais (35%); moradores da região Nordeste (36%); quem tem ensino superior (59%); e os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (59%).

ESTRATIFICAÇÃO POR RENDA
O
PoderData também mostra como cada grupo socioeconômico avalia o presidente. A avaliação positiva do trabalho de Bolsonaro entre os desempregados e sem renda fixa (43%) variou dentro da margem de erro. Nesses grupos, a proporção dos que acham a atuação do presidente
“ótima” ou
“boa” permanece acima da média da população (38%). O levantamento mostra ainda que entre aqueles que recebem de 5 a 10 salários mínimos, a avaliação positiva do presidente caiu 15 pontos percentuais. Passou de 37% para 22% em duas semanas. Nesse grupo, a rejeição foi de 45% para 59% –alta de 14 pontos percentuais.

OS 25% QUE ACHAM BOLSONARO “REGULAR”
No Brasil pergunta-se se os eleitores acham que o governante faz 1 trabalho ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. A
“turma do regular” (25%) é sempre uma incógnita. O
PoderData faz 1 cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como 1 todo. Os dados mostram que a proporção daqueles que enxergam o trabalho de Bolsonaro
“regular” e hoje aprovam seu governo é de 48%.

O levantamento indica que a aprovação cresceu no grupo. Passou de 41% para 48% em duas semanas –alta de 7 pontos percentuais. A desaprovação ficou estável, com 41%.

AVALIAÇÃO NO NORDESTE
A proporção dos moradores da região Nordeste que aprovam o governo Bolsonaro é de 48%.
Eram 40% há 15 dias. A administração federal recuperou a taxa de aprovação
registrada há 1 mês na região. Como mostra o gráfico abaixo, não é impossível que na última pesquisa (há 15 dias) tenha ocorrido algum desvio estatístico e o resultado tenha sido adverso (só 40% de aprovação). É por essa razão que é importante fazer 1 levantamento a cada 15 dias: eventuais erros de amostragem são rapidamente corrigidos. A conclusão é que, no Nordeste, o governo federal parece ser aprovado por uma parcela da população próxima a 50%. A desaprovação está em 44%. Há duas semanas, eram 50% os moradores do Nordeste que avaliavam negativamente a administração federal.

No Nordeste, 39% dos entrevistados acham a atuação individual do presidente
“ótima” ou
“boa” –alta de 8 pontos percentuais frente ao levantamento anterior. Vale aqui a mesma observação feita a respeito da aprovação do governo federal: pode ter ocorrido algum desvio estatístico há 15 dias e o trabalho do presidente apenas continua aprovado por cerca de 40% dos eleitores nordestinos, como há 30 dias. Os que acham o desempenho do chefe do Executivo
“ruim” ou
“péssimo” são 36% –queda de 7 pontos percentuais.

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