Operação da DECOR investiga fraudes no TFD que motivaram sequestro de dinheiro
10/06/2020 10/06/2020 14:21 134 visualizações Policiais da Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) de Ji-Paraná cumpriram três mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (10), durante a deflagração da “Operação Fides”, desencadeada para combater a prática dos crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e corrupção passiva e ativa. A residência de uma servidora pública da Defensoria Pública do Estado de Rondônia foi um dos alvos da Polícia. Segundo a Polícia, a ação teve início a partir da denúncia formulada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) de que uma assistida da defensoria teria recebido mais de R$ 500 mil por meio de sequestros judiciais para tratamento de saúde fora do domicílio, ou seja, em outro estado da federação. Ainda segundo o apurado, a quantia recebida em um deles, R$ 250 mil, foi desviada para finalidades diversas ao que havia sido vinculada, cirurgia médica para tratamento de doença grave. As diligências deram conta de que a investigada se utilizou de laudos falsos para o ingresso em juízo, bem como de recibos falsos para comprovar os gastos do dinheiro público recebido, o que revelaram a prática dos crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e corrupção passiva e ativa. Os investigadores da Decor materializaram elementos de informação que corroboram com a denúncia inaugural e a suposta associação de servidor público para facilitar o sucesso nas demandas da investigada que afirmou ter efetuado pagamento à servidora pela “ajuda que prestou” e agilidade na tramitação de seu processo dentro da Defensoria Pública, haja vista que os ingressos judiciais se deram unicamente confiando na boa-fé da assistida. De acordo com servidores da Sesau, responsáveis pelos mandados judiciais, a investigada conseguiu angariar judicialmente em um ano mais de R$ 500 mil e que nos últimos sequestros os valores teriam sido direcionados diretamente para a conta da paciente e não para as clínicas que realizariam os procedimentos. As apreensões de equipamentos e documentos certamente ratificarão os indícios já robustos da investigação, que objetiva, em especial, esclarecer o envolvimento de outras pessoas e como se deram as falsificações documentais, principalmente quem se beneficiou dos valores que destinados ao suposto tratamento de saúde da investigada poderiam ser aplicados em melhorias à saúde do nosso Estado.