O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse esperar que a vacinação contra a covid-19 em grupos prioritários comece em fevereiro no Brasil. A população em geral deve começar a receber as doses 4 meses depois. Ao menos
47 países já iniciaram a imunização de suas populações contra a doença causada pelo coronavírus. No sábado (26.dez), o presidente Jair Bolsonaro
afirmou que “não dá bola“ para o fato de estar atrás de outros países em relação à vacinação. Em entrevista à
TV Brasil exibida na noite de domingo (27.dez.2020), Pazuello reafirmou que todos os Estados receberão a vacina simultaneamente. “
Independentemente da quantidade da vacina, ela será distribuída igualitariamente dentro da proporcionalidade dos Estados“. A previsão do Ministério da Saúde é que
24,7 milhões de doses de vacinas estejam disponíveis em janeiro. “
O cronograma de distribuição e imunização é um anexo do nosso plano de imunização“, disse Pazuello, ao acrescentar que o cronograma pode sofrer mudanças. “
Você faz a previsão quando contrata, mas às vezes adianta, às vezes atrasa, e a gente vai atualizando esse cronograma“. “
São 4 grandes grupos prioritários e, após esses grupos prioritários, que a gente visualiza 30 dias para cada grupo prioritário, a gente começa a vacinar a população dentro das faixas etárias”, disse Pazzuelo. Segundo o ministro, esses 30 dias seriam suficientes para aplicar as duas doses da vacina. Segundo o
Plano Nacional de Imunização, nas primeiras fases serão vacinados grupos específicos, como trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de segurança, indígenas e quilombolas. Pazuello explicou que o ministério provavelmente vai receber mais de um tipo de imunizante, mas as pessoas receberão as duas doses da vacina de um mesmo laboratório, até porque são de tecnologias diferentes. “
Nós vamos monitorar todas essas aplicações para que a segunda dose seja dada efetivamente de um mesmo laboratório que aquela pessoa tomou. Isso é um grande processo de controle e monitoramento”. O plano da pasta, divulgado no início do mês, lista 13 vacinas que estão na 3ª e última fase de estudos e que podem ser aprovadas para aplicação em massa no Brasil. Nesse rol está a CoronaVac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O imunizante é aposta do governador João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro, para
começar a vacinar a população paulista em 25 de janeiro. No fim de outubro, o Ministério da Saúde informou que
compraria 46 milhões de doses da CoronaVac. O protocolo de intenções que estabelece as condições da compra foi assinado pelo ministro Eduardo Pazuello. Um dia depois, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro decidiu
cancelar o acordo. Eis a lista completa de laboratórios que desenvolvem as 13 vacinas listadas no plano nacional (na ordem em que aparecem no documento):
- Sinovac (China);
- Instituto de Biologia de Wuhan (China);
- Instituto de Produtos Biológicos de Pequim (China);
- Novavax (EUA);
- CanSino (China);
- Janssen (Bélgica);
- AstraZeneca/Oxford (Suécia e Reino Unido);
- Instituto Gamaleya (Rússia);
- Pfizer/BionTech (EUA e Alemanha);
- Moderna (EUA);
- Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical (China);
- Bharat Biotech (Índia); e
- Medicago Inc. (Canadá).
Pazuello garantiu que a vacina será voluntária e disponibilizada, de forma gratuita, nas salas de vacinação em cada município. “
Nós vacinaremos todos os brasileiros de forma igualitária, de forma proporcional ao número de pessoas por Estado, e de graça. Confiem nisso, confiem na estrutura do SUS [Sistema Único de Saúde].
Confiem que aqui existem pessoas que estão realmente trabalhando diuturnamente para que a gente tenha a vacina distribuída o mais rápido possível e a todos os brasileiros”.
Com informações da Agência Brasil