69% são contra aumento de imposto para reduzir consumo de refrigerantes e sucos

04/11/2020 04/11/2020 07:45 135 visualizações
Pesquisa PoderData mostra que a maioria dos brasileiros é contra o uso de impostos pelo governo para direcionar certos hábitos de consumo. Para 62%, não é legítimo que o governo aumente impostos para encarecer produtos e, com isto, diminuir o consumo de determinado tipo de produto. No caso de um possível “sugar tax”–taxação mais alta de bebidas e alimentos açucarados– o número é ainda maior: 69% se dizem contra o aumento de imposto maior para reduzir o consumo de refrigerantes e sucos industrializados.O levantamento foi encomendado ao PoderData pela Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas). A pesquisa foi realizada de 3 a 5 de outubro. Foram ouvidas por telefone (com ligações para aparelhos fixos e celulares) 2.500 pessoas com 16 anos ou mais em 512 municípios brasileiros, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Leia o relatório da pesquisa. Nesta edição de 2020, o PoderData replicou a pesquisa realizada em parceria com a Abir em 2017. A comparação dos resultados mostra que a posição dos brasileiros em relação a 1 aumento de impostos está bem consolidada. Para 69%, a criação de 1 novo imposto sobre o açúcar seria usada para apenas aumentar a arrecadação do governo e não para melhorar a saúde pública. O percentual aumentou em relação a 3 anos atrás.Se 69% dos brasileiros são contra a criação de 1 “sugar tax” com a intenção de reduzir o consumo de refrigerantes e sucos, quando a pergunta é elaborada de maneira geral –sem especificar uma intenção– o resultado é semelhante: 66% rejeitam a ideia de sobretaxar as bebidas açucaradas. Conheça no vídeo animado (30s) mais números da pesquisa:

INTERFERÊNCIA DO GOVERNO E IMPOSTOS

A possível criação de 1 “sugar tax” é uma discussão que costuma vir à tona quando o governo precisa aumentar a arrecadação. No contexto de necessidades fiscais ampliadas pelos gastos ocasionados pela pandemia de covid-19 e de discussão de um modelo de reforma tributária no Congresso, propostas como essa ou 1 “imposto do pecado”, como já foi apelidado costumam aparecer como solução para a dificuldade de caixa do governo. O tema surge como uma possibilidade de aumentar os recursos para a área de saúde pública, mas o PoderData mostra que os brasileiros não entendem a questão dessa forma e preferem que o governo não interfira com novos tributos. Os brasileiros preferem que o governo ofereça informações, para que possam tomar suas próprias decisões. Essa é a opinião de 77% dos entrevistados. Só 7% acreditam que o próprio governo deve ter o poder de direcionar a decisão das pessoas por meio de impostos seletivos, por exemplo. Essa opinião está em linha com um pensamento mais amplo sobre a atuação do governo. Para 69% das pessoas, o governo interfere muito no dia a dia por meio de impostos, leis e regulamentações.A aversão à criação de mais impostos também é generalizada. Hoje, 91% dos brasileiros acham que se paga muito imposto no país e 95% acham que pagam mais impostos do que deveriam. Os percentuais variaram apenas dentro da margem de erro em relação a 3 anos atrás.

PODERDATA

A divisão de pesquisas do Poder360 realiza levantamentos de opinião pública sobre temas de relevância jornalística e interesse público. Para empresas ou instituições interessadas em contratar a realização de um levantamento estatístico há a subdivisão PoderData Mercado –que faz pesquisas sobre assuntos gerais, como consumo, reputação de marcas, economia e política, entre outros. O material resultante desses estudos é divulgado pelo PoderMercado, divisão de conteúdos patrocinados do Poder360.
Este conteúdo é patrocinado pela Abir (Associação Brasileira  das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas).