O governo propôs conceder até duas parcelas extras do seguro-desemprego para quem foi demitido sem justa causa de 20 de março a 31 de julho de 2020. O custo: R$ 7,3 bilhões. A intenção é beneficiar 2,76 milhões de pessoas –metade do público proposto pelas centrais sindicais. A proposta é debatida no
Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo aos Trabalhadores). As cotas do seguro-desemprego variam de 3 a 5, de acordo com o tempo de serviço. O valor médio é de R$ 1.285. Os representantes dos trabalhadores querem que os demitidos sem justa causa tenham 5 parcelas do benefício. A medida atenderia 6,5 milhões de pessoas até dezembro deste ano. O impacto fiscal será R$ 16,1 bilhões. Se aprovada, será necessário editar uma medida provisória para liberação de crédito suplementar. Uma reunião foi marcada para 6ª feira com as centrais sindicais. Outros encontros devem ser feitos até a criação de 1 consenso sobre o tema.
“Nós queremos 1 Brasil melhor, não queremos o caos. Tirar o desalento, criar esperança”, disse
Ricardo Patah, presidente da
UGT (União Geral dos Trabalhadores).
“Vamos aguardar o próximo debate para exatamente tentar solucionar essa questão trazida por nós trabalhadores”. Para ser aprovada, a proposta do governo ou dos sindicatos precisa de, ao menos, 10 votos favoráveis. O
conselho possui 6 representantes dos trabalhadores, 6 representantes patronais e 6 representantes do governo.